Terça-feira, 04 de dezembro de 2012 - 16:17
Organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro e pela Associação Brasileira de Educação (ABE), com o apoio do MEC, o objetivo do evento é revalidar, em uma carta-compromisso, os princípios registrados no documento do manifesto, assinado em 1932, e promover um novo acordo pela educação e pela inovação.
Em sua fala, Mercadante destacou a importância do cenário histórico em que o Manifesto dos Pioneiros esteve inserido. “O Manifesto dos Pioneiros nasceu em um momento histórico de grandes transformações no Brasil. Nos anos 20, a cultura já antecipava as mudanças que viriam. A Semana de Arte Moderna e o manifesto antropofágico colocavam na agenda nacional uma identidade própria da nossa cultura. Era uma ruptura muito importante”, relembrou o ministro.
Segundo ele, o projeto educacional proposto no documento da década de 30 está presente até hoje. Na época, 26 educadores, intelectuais e líderes da sociedade civil redigiram e lançaram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Com diretrizes nítidas, o documento defendia – entre outras coisas – a reconstrução da educação nacional, atribuindo ao Estado papel central na condução das políticas públicas para o setor, além de propor uma escola única, com educação em tempo integral para todos e criação urgente de universidades gratuitas.
“Queremos buscar exatamente este espírito do manifesto, que é o debate da educação, como debate essencial para o país. O que nós queremos ser como sociedade? Como povo? Como nação? A educação tem papel decisivo e continua sendo nosso maior desafio histórico: ter uma educação universal, republicana, que dê oportunidades iguais para todos”, salientou o ministro da Educação.
Avanços – Mercadante também pontuou algumas atividades do MEC nos últimos anos, como avanços na educação infantil, a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o programa Ciência Sem Fronteiras e a criação das cotas. Ele abordou também o aumento de matrículas nas creches. Segundo ele, há 10 anos, somente 9% das crianças brasileiras de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches. Hoje, já são 23%. A meta é chegar a 50%, conforme recomendado internacionalmente.
“O maior desafio das creches é colocar as crianças pobres, especialmente aquelas abaixo da linha da pobreza. A criança que tem o estímulo pedagógico em casa, com pais letrados, ou na creche, ela fala em torno de 12 mil palavras. A criança que não tem fala 4 ou 5 mil palavras quando inicia o processo de alfabetização. A educação infantil é essencial para a alfabetização”, afirmou o ministro, que ainda reforçou a necessidade de alfabetizar as crianças até oito anos, como determina o recém-lançado Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Assessoria de Comunicação Social
Fonte: Portal do MEC
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