quinta-feira, 10 de outubro de 2013

REUNIÃO DO PREFEITO EDUARDO PAES COM OS REPRESENTANTES DOS CONSELHOS DE DIRETORES, FUNCIONÁRIOS, PROFESSORES E RESPONSÁVEIS


 

A reunião foi realizada no Palácio do Catete, com a presença da Secretária Municipal de Educação Cláudia Costin, a Subsecretária de Ensino Helena Bomeny, a Coordenadora de Gestão Escolar e Governança Kátia Max, a Coordenadora de Recursos Humanos Maria de Lourdes Albuquerque Tavares e o Secretário Chefe da Casa Civil Pedro Paulo.

             O prefeito Eduardo Paes abriu a reunião traçando um panorama dos últimos acontecimentos envolvendo educação municipal. 

                Alguns pontos a destacar:          

ü  Necessidade do retorno às aulas para não prejudicar ainda mais os alunos.

ü  Não reconhece o SEPE como único representante da categoria.

ü  Vai buscar novas formas de interlocução com os profissionais da educação

ü  Admite voltar a negociar, inclusive com o sindicato, somente após o fim da greve.

ü  O plano é irrevogável.
 

ü  Justificou a falta de diálogo anterior por parte dele com os Conselhos, por desconhecer a existência dos mesmos. Reconheceu a importância da utilização de mais esse canal de comunicação com a rede e se propôs a realizar novos encontros, como o de hoje. Também se dirigiu à secretária pedindo que mantivesse reuniões com os conselhos representados.

ü  Ao ser questionado sobre o PCCR enviado pelo SEPE, diz ter recebido e lido e aponta como principal falha o erro nas contas, que levavam a um salário final absurdamente alto para os professores. Disse que como era um documento elaborado e enviado por representantes da categoria deveria ter havido todo cuidado na elaboração do mesmo, bem como nos cálculos.

ü  Quando conselheiros representantes da 9ª CRE, tanto do segmento diretor como do segmento professor, solicitaram um novo encontro com a presença do SEPE, o prefeito reiterou que não volta a negociar com o sindicato, enquanto a greve não terminar. E também, não antes que sejam retirados da pauta do SEPE itens que categorizou como inegociáveis, como a solicitação da saída da secretária Cláudia Costin ou a retirada do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração.

ü  Não delega a outros poderes ou atribuições que são suas, como é o caso da escolha dos seus secretários.

ü  No momento em que uma conselheira disse que gostaria de sair da reunião de hoje com uma decisão sobre o problema da greve, o prefeito esclareceu que o encontro de hoje não tinha caráter deliberativo. E afirmou que só quem pode determinar o fim da greve são os profissionais em assembleia com o seu sindicato.

ü  Um representante do conselho de funcionários reivindicou a redução do número de alunos por merendeira. O próprio prefeito havia comentado o tempo curto de serviço das merendeiras que em torno de 5 anos apresentavam problemas de saúde, sendo readaptadas. Tendo questionado se uso de maquinários ajudaria e apontado a chegada dos APAs como uma das soluções para o problema.

ü  A diretora Aparecida Gonçalves, conselheira da 9ª CRE apresentou como sugestão que a prefeitura disponibilizasse um APA para trabalhar como ajudante de cozinha, a fim de retirar a sobrecarga das merendeiras, que passariam a se responsabilizar somente por preparar e servir os alimentos. Sugeriu ainda que a prefeitura verificasse a possibilidade de a COMLURB assumir a responsabilidade pela limpeza do refeitório, que hoje é uma das atribuições das merendeiras ou APAs.

ü  O prefeito afirmou que a “Meritocracia” é uma característica do seu governo e não é responsabilidade da secretária Cláudia Costin. Afirmou não aceitar retirar este sistema, porém admitiu ser possível rever alguns parâmetros do mesmo, na educação. Citou, hipoteticamente, o caso de uma unidade escolar que já tivesse alcançado uma boa nota e podendo assim ficar isenta de aumentar esse índice, precisando apenas mantê-lo para receber o prêmio.

ü  O professor Thiago Monteiro fez um resumo do movimento dos profissionais da educação, citando as principais razões que levaram a categoria à greve. Esclareceu que não foi o SEPE que rompeu com os acordos feitos com a prefeitura durante as negociações. E, sim a categoria, em assembleia, que não havia aceitado esses acordos. Tendo enumerado os motivos que levaram os profissionais a decidir pela permanência na greve em cada uma das ocasiões.

ü  Um representante do Conselho de Funcionários reclamou a não existência de um simulador de salários para os funcionários, no site. O prefeito apresentou o funcionário, Lucas, que criou o simulador e solicitou a ele que colocasse no site um simulador, também para os funcionários de apoio à educação.

ü  A Sra. Fidelina, do Conselho de Responsáveis pediu alegou que os professores não estavam levando os alunos em conta em suas falas. Solicitou que todos retornassem às aulas. E que, na busca por seus direitos, não privassem os alunos do seu direito às aulas. Agradeceu a fala de uma merendeira, mas alegou que o fato de ela estar em greve está deixando os alunos sem alimentação.

ü  Questionado sobre o parcelamento em 5 anos da equiparação do PII com o PI, fato que não ocorreu com os professores de 40 horas, o prefeito afirmou que, se pudesse faria o acerto de imediato, mas que as contas não permitem. E, que se foi possível que essa equiparação ocorresse de imediato com os PII de 40 horas é porque o número desses profissionais é muito menor do que os de 22,5, ativos e inativos. Ressaltou que esse foi um ganho enorme para a categoria e que espera ser lembrado como o prefeito que corrigiu essa desigualdade. Lembrou que o fato de ele ter dado o reajuste de 8% para toda a categoria, também foi fator que contribuiu para que houvesse o parcelamento dessa equiparação. Porém achou importante que todos tivessem um ganho real com a implementação do novo PCCR.

ü  Quando questionado sobre a climatização e a construção de novas escolas, em resposta a uma solicitação do Conselho de Diretores na última reunião, disse que já existe um documento no site que traz detalhes de como e quando serão implantados.

ü  Citou as melhorias efetuadas na rede como a contratação dos secretários, de agentes educadores, dos porteiros, concurso para novos professores, o número de EDIs construídos e diz não entender, que se “detone” a rede como um todo. Que críticas podem ser feitas, mas não se pode diminuir o valor do trabalho que é desenvolvido na Rede Municipal de Educação.

ü  Reiterou que o PCCR não saiu melhor por falta de tempo. Afirmou que precisaria de 90 dias, mas que para cumprir com o acordado com o SEPE, correu para entregar o plano dentro de 30 dias, tenho atrasado somente um dia.

ü  Voltou a dizer que não existe a possibilidade de revogar o Plano, porém admite continuar o diálogo e implementar melhorias no mesmo.

ü  Afirmou que sua primeira ação seria acrescentar o lato sensu como critério de enquadramento para os demais professores.

ü  Confirmou que haverá o corte de ponto para os grevistas, a partir de 3 de setembro.

ü  Tendo sido solicitado pelos pais que definisse a reposição das aulas, voltou a dizer que a reposição será negociada com as direções em cada unidade escolar.

 

Relatório elaborado pela professora Jeanine Serenado, conselheira representante da 9ª CRE com a colaboração da professora Mônica Mello, conselheira representante da 7ª CRE.

 
Ressalto que o resumo da reunião foi feito a partir de nossas anotações e observações durante a reunião e não temos a pretensão de que seja isento de erros.

 

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