quinta-feira, 24 de julho de 2014

7 dicas de como levar o cinema nacional para escola

Desde o dia 27 de junho, o uso de recursos audiovisuais passou a ser obrigatório em escolas da educação básica de todo o país. Uma nova regra, que passou a integrar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina a exibição de filmes nacionais por, no mínimo, duas horas mensais, como componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola.

O uso de filmes na escola pode ser um elemento importante para trabalhar outros formatos e linguagens com os alunos. Segundo a doutora em ciências da comunicação Cláudia Mogadouro, pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, ainda existe na escola um descompasso muito grande entre a cultura letrada e a cultura audiovisual.

Para Djalma Ribeiro Junior, doutorando em educação e técnico de laboratório audiovisual da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a lei é importante para trazer à tona o debate sobre a importância do audiovisual na educação. “A proposta é interessante, mas deve ser olhada em uma perspectiva mais ampla. Os filmes não podem ser usados apenas para cobrir horários de aula. Eles precisam estar integrados na proposta pedagógica escolar”, destacou.

Confira algumas propostas reunidas com base nas conversas com os especialistas:

1. É fundamental fazer o planejamento da atividade   

Antes de exibir um filme para os alunos, é necessário realizar um planejamento. Segundo Cláudia Mogadouro, é importante que o professor escolha uma obra que leve em conta o repertório dos alunos. Em alguns casos, o educador deve preparar uma aula introdutória para que a classe consiga ter uma compreensão maior sobre o contexto do filme.

2. O tempo da aula deve ser levado em conta durante a escolha do filme

De acordo com Ribeiro Junior, o professor precisa escolher um filme que se encaixe no seu horário de aula. Em muitos casos, os curtas podem ser uma boa alternativa. No entanto, para a pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, os longas também podem ser exibidos com um planejamento adequado. Segundo ela, alguns filmes têm conteúdos interdisciplinares que podem ser trabalhados durante diferentes aulas.

Se o tempo não for suficiente, o professor pode dividir o conteúdo em duas aulas ou apenas selecionar alguns trechos. No entanto, para fazer isso ele deve prestar muita atenção. “Alguns filmes podem ser cortados; outros, não”, advertiu Cláudia, ao destacar que existem casos que necessitam a exibição da obra completa para não perder a unidade do roteiro. Em histórias que envolvem suspense, por exemplo, uma quebra pode ser prejudicial.

3. A exibição deve ser acompanhada de um debate

Após exibir o filme, uma boa sugestão é fazer uma discussão sobre a obra com os alunos. “O debate é fundamental para a construção do conhecimento”, defendeu a doutora e pesquisadora Cláudia Mogadouro. Se não sobrar tempo para realizar esse debate, o educador pode levantar algumas questões de reflexão e retomar o conteúdo na próxima aula.

Para técnico de laboratório audiovisual da UFSCar, o debate não precisa envolver apenas questionamentos relacionados ao conteúdo do filme. Ele pode estabelecer relações com as matérias trabalhadas em sala de aula. Além disso, também é possível usar a obra para fazer uma discussão sobre a própria linguagem audiovisual, observando a estrutura narrativa, construção do roteiro, cenas e planos de filmagem.

4. As obras audiovisuais podem proporcionar releituras

“O filme é uma obra que tem muitas camadas de leitura. Ele pode ser utilizado para trabalhar com uma série de desdobramentos”, apontou Cláudia. Dentro dessa perspectiva, os educadores podem propor atividades como a reprodução de cenas do filme e a criação de trabalhos de artes plásticas.

Baseado em experiências dos projetos desenvolvidos pela UFSCar dentro de escolas da região, o pesquisador Ribeiro Junior também apontou a possibilidade dos alunos produzirem seus próprios conteúdos audiovisuais. “Isso representa uma forma dos estudantes se apropriarem da linguagem audiovisual”, pontuou. “A participação pode contribuir para a formação de uma visão mais crítica.”

5. A escolha dos filmes deve levar em conta a classificação indicativa

Antes de exibir um filme, os professores devem olhar a classificação indicativa e observar se o conteúdo está adequado para a faixa etária dos seus alunos. Segundo Cláudia, isso também é um instrumento de segurança para o educador. Caso os pais façam alguma reclamação sobre o filme, o professor tem  como afirmar que usou os parâmetros de classificação etária do Ministério da Justiça.

6. As atividades não devem adquirir o peso de uma obrigação

As atividades propostas pelos professores não devem criar nos alunos experiências traumáticas com os filmes. Em nenhum momento a atividade deve adquirir o peso de uma obrigação. ”Se você apresentar a proposta como um dever de casa, assistir o filme se torna uma tarefa chata”, afirmou Cláudia. Segundo ela, quando o professor pede uma redação sobre a mensagem do filme, por exemplo, ele acaba limitando o aluno de dar a sua opinião e o seu ponto de vista sobre a obra, pois isso passa uma ideia de que só existe uma resposta correta.

“Cada um vai sentir o filme de forma diferente. O audiovisual é polissêmico”, explicou. De acordo com ela, antes de propor qualquer atividade é ideal fazer um debate para mostrar para os alunos que cada um pode ter uma opinião diferente sobre o filme e que existem muitos caminhos para entender a obra.

7. As sessões de cinema também podem ser realizadas fora do horário de aula

Além da exibição de filmes nos horários de aula, Djalma Ribeiro Junior também mencionou a possibilidade dos professores se organizarem para desenvolver projetos de cineclubes na escola. Segundo ele, esses projetos ajudam a criar um ambiente de diálogo que incentiva o interesse dos alunos. Eles podem selecionar diversas obras para exibições e discussões dentro da escola. Esses projetos também podem ser abertos para toda a comunidade, integrando pais e moradores locais.


Fonte: Porvir

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Lei obriga escolas a exibirem filmes nacionais mensalmente


As escolas de todo o país desde 27 de junho são obrigadas a exibir filmes de produção nacional, no mínimo, duas horas mensais. De acordo com a modificação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96) publicada no Diário Oficial da União do dia 27/06/2014.

A lei assinada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Educação, José Henrique Paim modifica o texto das diretrizes básicas da educação do país, para incluir a exibição dos filmes nacionais como componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica das escolas.

A Lei 9.394 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que estabelece as diretrizes e bases da educação do país, já prevê, entre outros pontos que a música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular, assim como o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais. A lei ainda estabelece como obrigatório, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

Conheça a publicação em D.O que modifica a Lei 9.396/96 clicando aqui.

Consulte a Lei de Diretrizes e  Bases da Educação Nacional - Lei 9.394/96 clicando aqui.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Prêmio COMDEDINE de Pesquisa Escolar - 2014 - 21ª Edição


“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”.
(Nelson Mandela)

O Plenário do COMDEDINE-RIO, após estudos, pesquisas e discussões acerca da história e da cultura da raça negra no Brasil, apresentou uma reflexão que revela o desconhecimento e a falta de informação sobre importantes aspectos que interferem na construção da identidade nacional. Com base nessa ação, foi instituído o Prêmio COMDEDINE de Pesquisa Escolar – Concurso Conselheiro Bernardes Filho, que neste ano apresenta a sua 21ª edição, cuja finalidade é ativar o processo de comunicação de fatos e de feitos relevantes de personalidades da comunidade negra brasileira em sua organização da luta contra a discriminação racial, o preconceito e o racismo, assim como destacar o papel e a importância do negro na construção da sociedade e da cidadania brasileira, em especial dos negros oriundos do Município do Rio de Janeiro.




quinta-feira, 3 de julho de 2014

Depositado o Primeiro lote do Previ-Bilíngue


 COMUNICADO PREVI-RIO BILÍNGUE

O Previ-Rio deposita, nesta quinta-feira (3), o primeiro lote de pagamentos do Previ-Rio Bilíngue, para quem já renovou o interesse na continuidade do benefício neste segundo semestre do ano.

Com este pagamento no valor total de R$ 5.447.345 - 8.545 servidores inscritos no projeto já podem efetuar a matrícula dos estudantes, nos cursos conveniados com o Instituto.
O servidor inscrito que ainda não renovou seu interesse, deve fazê-lo até o próximo dia 10 de julho, mediante a impressão da Carta-Benefício, na página do Previ-Rio no endereço: www.rio.rj.gov.br/web/previrio.

O servidor pode renovar a matrícula no curso em que o seu dependente já estiver estudando ou transferi-lo para qualquer outra unidade conveniada, até o próximo dia 15 de julho.

A listagem dos servidores que receberam este primeiro lote, bem como a relação de cursos disponíveis pode ser encontrada também na página do Previ-Rio.

Novos lotes de pagamentos Previ-Rio Bilíngue serão liberados, à medida que os servidores forem imprimindo sua carta de concessão do benefício.

O Instituto lembra também que quem não utilizar os valores recebidos em um prazo de até 30 dias após a impressão da Carta Benefício deverá devolver a importância ao Previ-Rio, enviando um e-mail para: atendimento.beneficios@previrio.rj.gov.br, com nome, matrícula e a discriminação da quantia recebida, quando então receberá um boleto para pagamento na rede bancária.

EDITAL SMA Nº 75, DE 02 DE JULHO DE 2014.


Adia a realização do concurso público para provimento de cargo de Professor de Educação Infantil



O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO, no uso das atribuições que lhes são conferidas pela legislação em vigor, adia a realização do Concurso Público para provimento de cargos de Professor de Educação Infantil - Edital SMA nº 69/2014, em razão da necessidade de ampliação do prazo para conclusão de estudos que estão sendo efetivados na área de educação infantil.

Leia a publicação do D.O de hoje clicando aqui.