A palavra "estatística" vem do alemão Statistik, palavra criada pelo cientista Schmeitzel, a partir do latim statisticum. Significa "analisar", "verificar". Atualmente, a estatística moderna consiste em um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa, envolvendo o planejamento do que se quer medir, a coleta qualificada de dados, a inferência, o processamento, a análise e a distribuição das informações. Em suma, o objetivo principal da estatística é fornecer métodos e técnicas para que se possam interpretar situações incertas.
O uso da estatística existe há mais de cinco mil anos. Em 3000 a.C., eram feitos censos na Babilônia, na China e no Egito. O imperador César Augusto, por exemplo, ordenou que se fizesse o censo de todo o Império Romano, porque as informações eram utilizadas para a aplicação de impostos e alistamento militar. Essa aplicação da estatística perdurou até a Idade Média, visto que a população influenciava diretamente no poderio militar de uma nação.
Entre os séculos XVI e XVIII, o poder econômico começou a ganhar mais importância que o poder militar. O mercantilismo fez uso da estatística para analisar variáveis econômicas tais como: comércio exterior, produção de bens, alimentos e riquezas. Assim, a estatística passou a ser considerada disciplina autônoma, com o objetivo básico de descrever os bens do Estado.
No Brasil, o ensino da estatística teve início oficialmente com os primeiros cursos dos Institutos de Educação do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Atualmente, o órgão governamental responsável pelas estatísticas no Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fundado em 1934, com o nome de Instituto Nacional de Estatística (INE) A principal missão do IBGE é retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania. Para tanto, por meio da estatística, o IBGE colhe os dados sobre a situação social, econômica e demográfica do país, fornecendo os números à sociedade.
Fonte: www.paulinas.org.br
O QUE É A ESTATÍSTICA?
O que modernamente se conhece como Ciências Estatísticas, ou simplesmente Estatística, é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento e análise das informações e a disseminação das informações.
O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas estatísticas de obtenção e de análise de informações permite o controle e o estudo adequado de fenômeno, fatos, eventos e ocorrências em diversas áreas do conhecimento. A Estatística tem por objetivo, fornecer métodos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações sujeitas a incertezas.
"Estatística é a ciência de torturar os números até que eles confessem."
ÁREA DE ATUAÇÃO
Grande parte das informações divulgadas pelos meios de comunicação atuais provém de pesquisas e estudos estatísticos. Os índices da inflação e de emprego e desemprego, divulgados e analisados pela mídia, são um exemplo de aplicação da Estatística no nosso dia a dia. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE é o órgão responsável pela produção das estatísticas oficiais que subsidiam estudos e planejamentos governamentais no Brasil.
Os conceitos estatísticos têm exercido profundas influências na maioria dos campos do conhecimento humano. Métodos estatísticos vêm sendo utilizados no aprimoramento de produtos agrícolas, no desenvolvimento de equipamentos espaciais, no controle do tráfego, na previsão de surtos epidêmicos bem como em melhorias de processos de gerenciamento, tanto na área governamental como nos negócios, de um modo geral.
Na prática, a Estatística pode ser empregada como ferramenta fundamental em várias outras ciências:
Na área médica, por exemplo, a Estatística fornece metodologia adequada que possibilita decidir sobre a eficiência de um novo tratamento no combate à determinada doença. A Estatística permite identificar situações críticas e, conseqüentemente, atuar em seu controle, desempenhado papel crucial, por exemplo, no estudo da evolução e incidência da AIDS.
Na área tecnológica, o advento da era especial susticou diversos problemas relacionados ao cálculo de posição de uma astronave, cuja solução depende fundamentalmente de conceitos e teorias estatísticas mais elaborados, considerando que estas informações (por exemplo, sinais de satélites) são recebidas de forma ruidosa e incerta.
Na área de Pesquisas de mercado e de opinião pública para definição de novos produtos, lançamentos, vendas, etc.
Na Indústria, controle estatístico de qualidade para otimização e análise de processos industriais.
Censos, levantamentos oficiais por amostragem e análises demográficas.
Definição de indicadores econômicos e sociais.
Em sociologia, estudo de fatores desencadeadores de comportamento violento, tipificação do uso de drogas, causas de reincidência de criminalidade, etc.
Na arte, estabelecendo padrões de estilo para a organização cronológica das obras de determinado autor, detecção de padrões predominantes na composição musical e suas diferenciações de estilo, etc".
Órgãos governamentais - federais, estaduais e municipais - empresas de economia mista, estatais, instituições de pesquisa, centros e departamentos de processamento de dados, firmas de planejamento, estabelecimentos industriais, comerciais, bancários e prestadores de serviço, empresas de pesquisa de opinião e de mercado, estabelecimentos de ensino, etc., bem assim, atuando como autônomo.
Acrescente-se a essas, as áreas de Farmácia, Psicologia, Odontologia, Ecologia, Biologia e Geografia, dentre outras, bem como a área do magistério - notadamente no ensino superior - que se vê descortinado, o vasto campo de atuação do profissional da Estatística.
PERSPECTIVAS FUTURAS DO ESTATÍSTICO
ESTATÍSTICA - A PROFISSÃO DO FUTURO
A demanda cresce dia após dia. Este crescimento uso da Estatística vem ao encontro da necessidade de realizar análises e avaliações objetivas e fundamentadas em conhecimentos científicos. As organizações modernas estão se tornando cada vez mais dependentes de dados e informações estatísticas para obter informações essenciais sobre seus processos de trabalho e principalmente sobre a conjuntura econômica e social. Devido a esta tamanha importância que a Estatística tem e terá cada vez mais no decorrer do tempo, hoje ela é conhecida como a PROFISSÃO DO FUTURO.
As informações estatísticas são concisas, específicas, eficazes e, quando analisadas com a ajuda dos instrumentos/técnicas formais de análise estatística, fornecem subsídios imprescindíveis para as tomadas racionais de decisão. Neste sentido, a Estatística fornece ferramentas importantes para que as empresas/instituições possam definir melhor suas metas, avaliar sua performance, identificar seus pontos fracos e atuar na melhoria contínua de seus processos.
MERCADO DE TRABALHO
A diversidade de atuação é um dos grandes atrativos da Estatística, que pode promover a melhoria da eficiência e também a solução de vários problemas práticos importantes em quase todas as áreas do saber: das ciências naturais às sociais. A Seguir, algumas das áreas em que a atuação do Estatístico adquire maior relevância, bem como as principais atribuições deste profissional.
Na indústria: No planejamento industrial, desde os estudos de implantação de fábrica até a avaliação das necessidades de expansão industrial; na pesquisa e desenvolvimento de técnicas, produtos e equipamentos; nos testes de produtos; no controle da qualidade e da quantidade; no controle de estoques; na avaliação de desempenho das operações; nas análises de investimentos operacionais; nos estudos de produtividade; na previsão de acidentes de trabalho; no planejamento de manutenção de máquinas, etc.
Na Área de Recursos Humanos: Na pesquisa da compatibilização entre os conhecimentos e habilidade dos empregados e as atividades desenvolvidas por eles; estuda os salários, as necessidades de treinamento (assim como avalia os treinamentos realizados); propõe planos de avaliação de desempenho do quadro funcional; elabora plano de previdência complementar e de fundos de pensão; avalia planos de saúde, etc.
Nas Universidades e nas Instituições de Pesquisas: O Estatístico pode atuar como docente, ministrando disciplinas relacionadas à Estatística, pesquisando e desenvolvendo novas metodologias de análise estatística para os mais variados problemas práticos e teóricos, assessorando pesquisadores de outras áreas, dando-lhes suporte científico para que consigam tomar decisões acertadas dentro da variabilidade intrínseca de cada problema, auxiliando-os na escolha da metodologia científica a ser adotada, no planejamento da pesquisa, na escolha qualificada dos dados, na análise das respostas, etc.
Na Área de Demografia: O Estatístico estuda a evolução e as características da população; estabelece tábuas de mortalidade; analisa os fluxos migratórios; estabelece níveis e padrões para testes clínicos; planeja e realiza experimentos com grupos de controle, para avaliação de tratamentos; desenvolve estudos sobre a distribuição e indicidência de doenças, etc.
Na Área de Marketing e na Análise de Mercado: O Estatístico traz um perfil adequado para trabalhar na monitoração e análise do mercado, nos sistemas de informações de marketing, na prospecção e avaliação de oportunidades, na análise e desenvolvimento de produtos, nas decisões relativas a preços, na previsão de vendas, na logística da distribuição e nas decisões de canais, no desenvolvimento e avaliação de campanhas publicitárias etc.
Na Área Financeira e Bancária: O Estatístico pode trabalhar na área financeira: no departamento de seguro e, também, na análise atuarial, na avaliação e na seleção de investimentos, no estudo e no desenvolvimento de modelos financeiros, no desenvolvimento de informações gerenciais; na definição, na análise e no acompanhamento de carteiras de investimentos; nas análises de fluxo de caixa; na avaliação e na projeção de indicadores financeiros; na análise das demonstrações contábeis; no desenvolvimento e no acompanhamento dos produtos e serviços financeiros etc.
As responsabilidades e atribuições do estatístico estão regidas pela Lei nº 4.739, fr 15 de julho de 1965, que criou a profissão, e pelo Decreto nº 62.497, que regulamentou o seu exercício profissional. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Estatística constituem as autarquias que têm por finalidade orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão em todo Território Nacional.
O PERFIL DO ESTATÍSTICO
A formação acadêmica do estatístico está fundamentada em conhecimentos de Matemática, Cálculo e Teoria das Probabilidades, Técnicas e Métodos Estatísticos, Computação, Métodos de Análise Estatística e Disciplinas Profissionalizantes.
Essa formação acadêmica básica permite ao estatístico utilizar técnicas para:
Efetuar levantamentos e análise de informações;
Planejar e realizar experimentos e pesquisas em várias áreas científicas; e
Formular a solução para os mais variados e complexos problemas concernentes à melhoria e otimização dos mais variados processos.
Planejar e realizar experimentos e pesquisas em várias áreas científicas; e
Formular a solução para os mais variados e complexos problemas concernentes à melhoria e otimização dos mais variados processos.
A exploração de vastas e diversas bases de dados estatísticos, hoje existentes, requer um profissional capaz de extrair daí relevantes informações através do uso de modernas técnicas de amostragem, modelagem e inferência, que são algumas das ferramentas usuais da Estatística.
A formação de estatístico desenvolve aptidões que lhe permitam solucionar problemas atuando como um detetive em busca de evidências quantitativas sobre determinados fenômenos.
É preciso, pois:
Uma boa dose de habilidade numérica, de raciocínio abstrato, de atenção concentrada, de exatidão e rapidez de cálculo, de meticulosidade, de facilidade para associar, deduzir e sintetizar;
Incorporar habilidades no uso de computadores, fator preponderante para o exercício da profissão;
Desenvolver uma boa comunicação oral e escrita;
Estar permanentemente aberto ao aprendizado de novas técnicas e métodos de trabalho;
Aprender a trabalhar em conjunto com profissionais de diferentes áreas do conhecimento.
Fonte: www.ccet.ufrn.br
Fonte principal: Portal São Francisco
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