quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Prefeitura e Unicef firmam parceria para estimular o esporte

Projeto "Vamos Jogar?" visa a incentivar políticas públicas de acesso ao esporte na América Latina e no Caribe


27/11/2012 » Autor: Juliana Romar/Fotos: Eliane Carvalho

A Prefeitura do Rio e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançaram nesta terça-feira (27/11) o projeto “Vamos Jogar? - Esporte para o Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes da América Latina e do Caribe?”, uma parceria para promover o esporte como um direito para crianças e adolescentes. O evento, na Vila Olímpica Félix Miéli Venerando, em Honório Gurgel, contou com a presença de autoridades e de atletas, como a triatleta Fernanda Keller, o judoca Breno Viola e a saltadora Juliana Veloso.

Coordenado pelo Instituto Pereira Passos (IPP) e pela Secretaria municipal de Esportes e Lazer, o projeto visa a promover o acesso ao esporte e à recreação inclusivos e seguros de crianças e adolescentes mais vulneráveis, incluindo as que têm qualquer tipo de deficiência, por meio de políticas públicas e ações de comunicação e mobilização.


A parceria associa as experiências complementares do Unicef e do Rio de Janeiro e vai utilizar os grandes eventos esportivos que acontecerão na cidade, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, como plataforma de apoio para a América Latina e o Caribe.


- Nosso objetivo é converter os direitos das crianças em realidade. Essa é uma iniciativa para que todas possam usufruir o direito ao esporte, de brincar e à recreação. Precisamos garantir espaços para práticas de esportes seguros e inclusivos e a Prefeitura do Rio tem bons exemplos de como fazer essa inclusão, através dos equipamentos de grande qualidade, como as vilas olímpicas e os espaços dentro das escolas. Queremos que as cidades da América Latina e do Caribe se inspirem no que está acontecendo no Rio - afirmou o diretor regional do Unicef, Bernt Aasen.


Entre as iniciativas previstas no projeto estão a articulação de prefeitos das maiores cidades da América Latina e do Caribe, a mobilização da sociedade e, em especial, a participação de atletas e adolescentes através das redes sociais. O plano também prevê o desenvolvimento de indicadores que permitam medir o progresso do acesso ao esporte inclusivo na região.


- Fazer do Rio a cidade líder no estímulo ao esporte é uma das nossas prioridades. Tanto que hoje já temos 19 vilas olímpicas que incluem centros para modalidades paraolímpicas. Incluir através do esporte é fundamental. As vilas já atendem cerca de 70 mil crianças e adolescentes de comunidade carentes, incluindo nossas promessas nas modalidades paraolímpicas. E queremos mais. Nossa previsão é que em dezembro seja inaugurada a Vila Olímpica do Encantado e em 2013 a Vila Olímpica da Ilha do Governador – disse o prefeito Eduardo Paes.


Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 71% das 1379 escolas municipais oferecem prática esportiva. A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer realiza ações inclusivas, com programas como o Rio em Forma Olímpico, além de equipamentos como o Ginásio Experimental Olímpico (GEO) e as vilas olímpicas.


De acordo com o IPP, o desenvolvimento do projeto passará por oito fases: diagnóstico do esporte no RJ; mapeamento das iniciativas esportivas existentes, junto ao setor privado, ONGs e organizações comunitárias; mapeamento das necessidades das comunidades em áreas pacificadas; formação de grupo de trabalho; cruzamento das demandas com as ofertas; planejamento integrado de ações (público, privado e 3º setor); captação de recursos; e execução.


- O papel do IPP é articular adesões ao programa e produzir conhecimento para subsidiar políticas públicas para o setor, avaliando o impacto dos programas de fomento às práticas esportivas e seus resultados. O esporte é muito importante para o desenvolvimento das pessoas e queremos transformar o Rio na Capital Mundial do Esporte - explicou a presidente do IPP, Eduarda La Rocque.


Durante a cerimônia, o público assistiu a vídeos educativos com depoimentos de diversos jovens de comunidades carentes do Rio sobre a importância do esporte e também acompanhou a apresentação de dança e de capoeira de um grupo composto por pessoas portadoras de necessidades especiais.


Com foco principal no público escolar, as vilas olímpicas promovem atividades esportivas entre os jovens, sobretudo em áreas que apresentam grande densidade demográfica e baixa renda média. A unidade de Honório Gurgel, por exemplo, é um modelo de equipamento destinado à promoção do esporte inclusivo: completamente adaptado para a prática de esportes por pessoas com deficiência, recebe cerca de 1200 pessoas diariamente para aulas de natação, capoeira, jiu jitsu, atletismo, vôlei.


- O que será feito através desse projeto é a transferência de experiências e de boas práticas na área de esporte, como ferramenta de desenvolvimento e inclusão social. Metodologias, procedimentos e técnicas de trabalho serão debatidos, buscando indicadores na área de políticas públicas, formação e educação de cada indivíduo, não só como atleta, mas também como cidadão – ressaltou o secretário de Esportes e Lazer, Romário Galvão. 


Fonte: Portal da Prefeitura do Rio de Janeiro

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